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Olha para fora e tomarás consciência. Toma consciência e tomarás cuidado. Toma cuidado e preservarás.
A recente crise económica verificada a nível mundial veio retirar fundos à incipiente tentativa de minorar os impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida das populações.
Assim, vários países viram ignorado o esforço até então despendido na requalificação e aproveitamento dos seus recursos, e a palavra sustentabilidade foi durante algum tempo apagada do léxico político-económico.
O conceito de “simbiose industrial” vem por à prova a capacidade de sinergia das empresas e criar uma nova oportunidade para a criação de uma inovadora e eficaz política de sustentabilidade. Um complexo industrial é, na sua essência, um arquipélago industrial: como o conjunto de ilhas dos Açores ou da Madeira, um complexo industrial no qual se verifique simbiose industrial reúne um conjunto de empresas que funcionam em simbiose umas com as outras.
Como? A resposta é simples: cada empresa irá produzir um determinado resíduo, que tanto pode ser material ou energético, e esse resíduo será aproveitado por outra empresa do complexo e utilizada nas suas actividades.
Complexos deste tipo existem um pouco por todo o mundo, sendo um caso de sucesso o eco parque de Kalundborg, na Dinamarca.
Em Portugal, um grupo de estudantes elaborou uma rede de trocas de matérias e energia (agua residual, calor, biomassa etc) entre vários tipos de indústrias que poderiam ser atraídas para desenvolverem a sua actividade em Sines. Porquê Sines? Pela sua localização e características geográficas, bem como a presença do porto, que criam um potencial muito forte para a criação de um bom complexo industrial.
A partilha sustentável entre empresas será efectuada por venda ou doação de resíduos, (dependendo do que traga maior beneficio) à outra empresa, para sua matéria-prima.
A implementação de um destes cenários trará certos benefícios: para a economia das indústrias e do país com a redução dos custos no tratamento dos resíduos; para o ambiente com a preservação dos recursos existentes e com diminuição do impacte ambiental que os desperdícios industriais normalmente acarreta; e para a sociedade com o melhoramento da qualidade de vida nomeadamente na criação de empregos e oportunidades para quem procura construir um futuro sustentável em Portugal e no mundo.
Boa ideia, sim ou não? Lanço o debate!
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