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Olha para fora e tomarás consciência. Toma consciência e tomarás cuidado. Toma cuidado e preservarás.
Hoje, na nossa Crónica Balnear, venho falar-vos de Protector Solar. Aliás, venho falar-vos de cosméticos, com especial incidência sobre o Protector Solar.
Muitos de nós já sabem que os cosméticos, em geral, tenderão a ser prejudiciais ao ambiente e por isso procuram opções mais sustentáveis para o seu shampoo, pasta de dentes e até sabonete. Mas... e se vos dissessem que o vosso Protector Solar poderia potencialmente "destruir as larvas dos corais, obstruir a reprodução dos corais e causar a descolorização dos ambientes marinhos" ou entrar na cadeia alimentar dos peixes?
Foi por esta razão que a Tailândia, recentemente, proibiu a utilização deste tipo de cosméticos nas suas praias e parques naturais. De facto, este não foi o primeiro país a fazê-lo. Palau foi o pioneiro nesta normativa, proibindo desde 2020 todos os protectores que possuíssem ingredientes comuns e prejudiciais ao ambiente, como a oxibenzona, por exemplo.
Mas então, que ingredientes devemos evitar? Os produtos mais frequentemente citados são a oxibenzona, octinoxato, octocrileno, 4-metilbenzilideno e butilparabeno. Os quatro primeiros actuam como filtros solares, o último é utilizado para impedir a proliferação de fungos nos produtos cosméticos. Mas existem muitos outros, com efeitos diversos sobre os habitats marinhos.
Este tópico não é novo, é certo, mas o facto é que, por uma razão ou outra, a discussão do Protector Solar como potencial cosmético poluente não é tão mediática como as dos shampoos ou pastas de dentes... afinal de contas, passar-nos-ia pela cabeça que um produto que entra directamente dentro de água fosse fabricado com substância que afectam tanto a vida marinha?
Afinal de contas, ao entrarmos dentro de água benzuntados de creme, este dilui-se directamente no Oceano, e poderá ter, portanto, consequências mais imediatas sobre os habitats marinhos.
A imagem abaixo, retirada do site oceanservice.nooa.gov (https://oceanservice.noaa.gov/news/sunscreen-corals.html) resume bem o caminho percorrido pelos poluentes, o que podem fazer à biodiversidade marinha e as soluções que cada um de nós poderá adoptar para se proteger sem prejudicar o ambiente.
A boa notícia é que, segundo a BBC, este tipo de produtos vem sendo cada vez menos utilizado nos Protectores Solares. Por outro lado, várias marcas já anunciaram que os seus produtos são compatíveis com os recifes.
Ainda assim, nesta época em que todos apanhamos mais um bocadinho de Sol e em que o tempo pede um (ou vários) mergulhos, nunca é demais relembrar que todo o cuidado é pouco o que toca à escolha informada dos produtos que consumimos e utilizamos.
E que devemos sempre questionar em quantos mais produtos estes químicos poderão estar a ser utilizados. A oxibenzona, por exemplo, é utilizada também para protectores labiais e cremes hidratantes, que também são francamente utilizados na época balnear.
Portanto, atenção: ao comprarem o vosso Protector Solar, procurem uma opção sustentável!
Bons mergulhos,
MAB
P.S. como sempre, deixo-vos a notícia que serviu de inspiração para este post:
https://www.jn.pt/mundo/tailan
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English version:
Today, in our Beach Chronicle, I'm going to talk about Sunscreen. As a matter of fact, I'm going to talk about cosmetics, with a special focus on Sunscreen.
Many of us already know that cosmetics, in general, tend to be harmful to the environment and that is why we are looking for more sustainable options for our shampoo, toothpaste and even soap. But... what if you were told that your Sunscreen could potentially "destroy coral larvae, obstruct coral reproduction and cause discolouration of marine environments" or enter the fish food chain?
It was for this reason that Thailand recently banned the use of this type of cosmetics on its beaches and nature parks. In fact, this was not the first country to do so. Palau was the pioneer in this regulation, banning since 2020 all protectors that have common ingredients that are harmful to the environment, such as oxybenzone, for example.
But what ingredients should we avoid? The most frequently cited products are oxybenzone, octinoxate, octocrylene, 4-methylbenzylidene and butylparaben. The first four act as solar filters, the last one is used to prevent the proliferation of fungi in cosmetic products. But there are many others, with varying effects on marine habitats.
This topic is not new, but the fact is that, for one reason or another, the discussion of Sunscreens as potential cosmetic pollutants is not as media-friendly as those of shampoos or toothpaste... after all, would it cross our minds that a product that goes directly into the water would be manufactured with substances that affect marine life so much?
After all, when we go into the water with a cream, it is diluted directly into the ocean, and may therefore have more immediate consequences on marine habitats.
The picture above, taken from oceanservice.nooa.gov (https://oceanservice.noaa.gov/news/sunscreen-corals.html) gives a good overview of the path taken by pollutants, of what they can do to marine biodiversity and of the solutions each of us can adopt to protect himself/herself without harming the environment.
The good news is that, according to the BBC, this kind of products is being less and less used in Sunscreens. On the other hand, several brands have already announced that their products are compatible with reefs.
Even so, in the season when we all get a little more sun than usual and we all feel like catching a wave, it is never too much to remember that you can never be to careful when it comes to an informed choice of products that we consume and use.
And that we should always question how many more products these chemicals may be being used in. Oxybenzone, for example, is also used in lip protectors and moisturising creams, which are also widely used during the bathing season.
So, pay attention: when buying your Sunscreen, look for a sustainable option!
Have a good dive,
MAB
P.S. As always, here is the news item which inspired this post: https://www.jn.pt/mundo/tailandia-proibe-uso-de-protetores-solares-14008618.html
Uma imagem vale mais que mil palavras! Assim como uma atitude! Quando forem à praia, lembrem-se de passar esta mensagem!
Fiquem atentos à edição especial da rubrica Dias Mundiais, a sair (atrasada) amanhã...
Bom domingo
MAB
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An image is worth a thousand words! An so is an attitude! When you go to the beach, remember to send this message!
Stay tuned for a (late) International Days post
Have a good weekend
MAB
Olá olá! Hoje, inauguro a minha primeira Crónica Balnear bilingue. Os seguidores crescem e com eles a multiculturalidade (de que já falei aqui brevemente, e que está no cerne da verdadeira e eficaz mudança sustentável). Para reflectir, hoje, deixo-vos um video, porque o tempo invulgarmente cinzento convida a pipocas!
https://m.youtube.com/watch?v=y_LCs45S8pE
Fiquem bem!
MAB
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Hello, hello! Today, I debute my first bilingual Beach Chronicle! As the number os followers increases, so does cultural diversity (about which I have already briefly spoken here and which is essential for true and effective sustainable change). And because this unusually grey Portugal weather invites us to eat popcorn, today I leave you with a video to think about!
https://m.youtube.com/watch?v=y_LCs45S8pE
Cheers!
MAB
Olá a todos,
Porque hoje é fim de semana, é, sem dúvida, dia de Crónica Balnear.
E, como está calor, muitos de nós já pensam nas tão merecidas férias e talvez até numa escapadinha até à praia.
Por isso, deixo-vos hoje com uma problemática pouco popular, mas francamente preocupante: o fabrico e uso quase ''descartável'' das pranchas de bodyboard.
O material de algumas destas pranchas, sobretudo das mais baratas, é poliestireno, ou isopor. Este material, semelhante a espuma, é frágil e vai-se degradando de forma acelerada, poluindo a praia e os oceanos e pondo em risco a biodiversidade marinha/costeira.
Se pensarmos que Portugal é um país com uma boa costa, onde este tipo de desporto é comumente praticado, podemos constatar que esta é, na realidade, uma problemática que nos está bem próxima e que deveria ser combatida com tanto afinco e ainda mais urgência que as alterações climáticas.
No entanto, não é invulgar, em zonas balneares, ver à venda este tipo de pranchas, coloridas e apelativas, a um preço acessível e que convida a ''aproveitar'' a oportunidade para umas voltinhas amadoras, nem que seja a boiar. E como o material não dura muito... no fim do Verão, vai para o lixo e logo se compra outra.
Ora, perante o seu comprovado carácter tóxico e poluente, e tendo em conta toda a preocupação (justificada) que neste momento existe com a poluição marinha, não seria relevante agir para que artigos como as pranchas de poliestireno não fossem vendidos de forma tão generalizada?
Não faz sentido proibir a venda de sacos de plástico ou proibir os plásticos de utilização única sem paralelamente investigar todas as outras actividades e materiais poluentes que poderão estar a ameaçar a vida marinha!
É urgente deixarmos de actuar apenas com base nas problemáticas ''mass media'' e começarmos a reflectir originalmente sobre como poderemos agir de forma coordenada e em grande escala.
É necessário investigar, trabalhar, pensar. Os plásticos são apenas a ponta do icebergue.
E como mote final, deixo-vos o artigo que me serviu de inspiração. Sigamos este exemplo!
https://hardcore.com.br/condado-de-maui-banira-certos-tipos-de-bodyboard/
MAB
Ola a todos,
Tema 1: Plastic Free July!
Uma lei recente proibiu os plásticos de utilização única na restauração e a doação de sacos (de qualquer tipo) nas lojas, em geral.
Pergunto-me: será que tal lei engloba, também, as lojas dr bens alimentares, como talhos, mercados e mercearias?
E outra coisa: porque é legitimo vender e não doar? Será que isso reduz, mesmo, o desperdicio?
Em parte, talvez, se considerarmos que serão precisos menos sacos em cada periodo de tempo para satisfazer as necessidades dos balcões, já que grande parte das pessoas tenderá a trazer os seus próprios sacos de casa.
Mas isso já acontece muito - e cada ves em maior escala - um pouco por todo o país.
No entanto, nem todas as pessoas têm sempre o tal saco à mão - e obrigá-las, por isso, a ter de comprar um, torna-se injusto.
Por outro lado, os sacos de papel e plástico poderão ser reutilizados independentemente de serem comprados ou recebidos gratuitamente: a utilização que lhes damos à posteriori é da nossa inteira responsabilidade.
E acreditem: não é por pagar 10 cêntimos no saco que alguém hesitará em mandá-lo para o lixo na mesma. Isso vem da atitude e empenho e hábitos de cada pessoa.
Há mais alternativas que permitem a sustentabilidade ambiental, social e economica - por exemplo, mantendo ou não a doação de sacos, existe sempre a possibilidade da retoma, ou seja, de receber um saco e dar outro em troca-como, aliás, acontecia com as garrafas de água e leite, há muitos anos.
Isso sim, é economia circular: beneficia tanto o comprador como o lojista, reduz o deperdicio valorizando o ambiente e permite à economia manter-se equilibrada.
Pode ser um tema controverso - até para mim o é - mas é preciso pensar em politicas de redução que não impliquem a taxa e sim a re-educação! E, sobretudo, instalar periodos de transição que permitam a adaptação ás leis impostas: de modo a aumentar a adesão e aceitação por parte da população e assim aumentar a eficácia da politica.
Eu, para já, tenho o armário cheio de sacos doados, pratico a estratégia da retoma e também tenho muitos sacos reutilizáveis, de pano e de plástico. E uso os que já não quero para por o lixo, em vez de comprar aqueles rolos que vendem no supermercado para este efeito.
E vocês, o que pensam disto tudo? P que fazem para reduzir o desperdício?
Bom Verão,
MAB
Ontem, começou o Verão! Por isso, hoje, apresento a Nova Rubrica ''Crónica Balnear'' que durará até Setembro!
Tentarei focar-me em temas abrangentes, que toquem problemáticas relacionadas com o Ambiente, o Verão, o mar, a praia e... muitas outras surpresas!
Fiquem atentos,
MAB
Hoje é dia mundial dos Oceanos!
Oceanos esses que cobrem cerca de 71% do total da superfície do planeta, desempenhando um importante papel na regularização do clima, no ciclo da água e, por conseguinte, na nossa sobrevivência.
Estes grandes corpos de água albergam, ainda, uma riquíssima variedade de organismos vivos: desde o plancton e recifes de coral (a muitos metros de profundidade), às baleias e orcas, gigantes que se avistam à superfície.
Contudo, a vida e a existência dos Oceanos encontra-se ameaçada! Por acção do homem - que se traduz, entre outras coisas, na sobrexploração dos recursos marinhos, na sobrepesca, na aquacultura, na poluição das águas com crude e microplásticos, na ocupação do meio marinho com tecnologias offshore e na extracção em profundidade por materiais como o lítio (de que são feitas as baterias) - os Oceanos e toda a sua riqueza estão a desaparecer...
É importante, por isso, que se revertam as tendências de consumo e produção e se repensem os modelos tecnológicos e económicos, de modo a preservar estas grandes extensões de água e proteger a diversidade de organismos que aí habitam.
Convido-vos a começarem já hoje essa mudança, espalhando a palavra sobre a importância e a beleza dos Oceanos
MAB
Feliz dia Mundial do Meio Ambiente (que foi ontem, sábado 5 de Junho)
É tempo de reflectir sobre a importância de um planeta mais limpo e saudável!
Vamos a isso?
3,2,1...já!
MAB
Hoje, falamos de outra espécie nativa no Continente mas invasora nas ilhas: o Tojo.
Esta espécie tem o 3 lugar no ranking das ''TOP 100 da Fauna e Flora invasora da Macaronésia'', sendo particularmente ameaçadora para espécies que enquadrem a Rede Natura 2000. f
Foi introduzida em Portugal para fins ornamentais e o é recomendado que seja ser feito, após monitorização e estudo cuidados, um controlo baseado em queimadas ou herbicidas. No entanto, talvez o estudo de soluções de controlo que não interfiram com a vida da planta ajudasse a perceber um meio mais eficaz e menos intrusivo de controlo
Para saber mais, poderão consultar:
https://invasoras.pt/pt/planta-invasora/ulex-europaeus
Fiquem bem!
MAB
Boa tarde a todos,
Como a celebração da Primavera não pode parar e estamos em vésperas de feriado (que é aquele dia onde a Primavera desponta ainda mais bela) deixo-vos esta ''Ode ao Sol'', o astro que, nesta época, divide o seu palco com as nuvens e a chuva.
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Ode ao Sol
O Sol brilha, aquece e ilumina
Devolve a cor à terra todas as manhãs
Deixa mais bela a silhoueta das colinas
E mais viva a tez vermelha das romãs
O Sol espreita em oiro no nascente
E vem varrendo a Terra em pormenor
Até morrer em fogo, no ponte
Escurecendo tudo em seu redor
Bom feriado. Aproveitem o Sol e a Primavera
MAB
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